
O vício da embriaguez na juventude acumula
reservas para aumentar os acharques da velhice.
Pois bem, partindo da premissa
acima, Pranchú resolveu demover dois de seus seguidores da ideia de beber, pois
eles estavam se embriagando praticamente todos os dias. Não que fossem
alcoólatras contumazes, mas eram contumazes em ser alcoólatras, ainda que não
ficassem embriagados todos os dias.
Adamastor, ou simplesmente Totó, era
parente de Pranchú e trabalhava como comerciante, vendia de tudo. Já Babaloo,
ou simplesmente Baba, era amigo de infância do filósofo e trabalhava no
atacado, um hora ele atacava de vendedor da Amway outrora como vendedor,
muambeiro, engenheiro, etc. Em comum, ambos gostavam muito da caeba e demais
fuleragens diárias.
Pranchú, missionado na ideia acima,
pergunta inicialmente para Totó:
- Caro Totó, seja sincero, você
gostaria de parar de beber?
- Oxe, deixar por quê? Mestre, se eu
fizer isso certamente começarei de novo. É aquela velha história: pior do que a
doença é a recaída! Deixo nada!
- E tu Baba, gostaria de parar de
beber?
- Mestre, tenho pancreatite,
bursite, artrite, tendinite, bronquite, amigdalite, gastroenterite e atualmente
estou com laringite e conjuntivite. É “ite” demais para uma pessoa só. Ao
contrário de Totó, eu gostaria muito de parar de beber! Se isso acontecesse de
fato, te garanto Mestre, eu tomaria um porre tão grande que seria capaz de
morrer dele...
E assim, na mais singela
objetividade, Pranchú encerra o diálogo com um breve diagnóstico para a
embriaguez moral dos dois sicofantas:
“Enquanto
o corpo estiver tomando mais cerveja do que remédios, tudo estará sadio!”
Assim falou Pranchú!!
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