O mundo foi pego de surpresa com a renúncia do Papa Bento XVI, o pontífice alemão e ex-mancebo da juventude hitlerista. A dúvida foi semeada nos corações dos fiéis e até nas centúrias de Nostradamus procuraram explicações, afinal por que um cabra iria deixar um emprego bom desses, com todas as contas pagas, serviçais de todas as raças, cores e mesmo credo ? Aqui iremos contar o que realmente aconteceu.
Bento XVI estava em mais um dia de trabalho (muitos diriam que estava apenas papando) quando lhe chegou uma leitura que há muito havia requisitado: Os Manuscritos do Mar Morto. Notara uma resistência por parte dos setores mais burocráticos da Igreja para que não lesse este documento. Queria ler a parte que fora censurada ao público e conhecida por poucos mesmo dentro da Igreja. Dizem que João Paulo Segundo não pode ler pois teria que escolher entre este e os segredos de Fátima. Bento XVI não sabia o quanto aquilo mudaria seu destino e do mundo. Pegou a xérox do manuscrito e começou sua leitura.
E eis que um peregrino oriundo da Pranchúria, terra longínqua e de homens misteriosos, chegou ao Egito em um ano esquecido pelo próprio tempo. Por ser um homem cuja lenda antecedia seus passos fora muito bem recebido pelo próprio faraó, Ramsés III. O berço da cultura no continente africano organizou uma recepção real para o forasteiro conhecido como Pranchú, o macho. Chegou montado em um jumento com um bizaque de caçador e uma cabaça com pouca água. Um tablete de rapadura lhe serviu como refeição por meses a fio. Ao entrar no templo de Luxor o Faraó lhe deu as boas vindas e apresentou sua corte.
Primeiro o Faraó abriu uma janela de dentro da pirâmide e uma imensidão de escravos estava torrando embaixo de um calor indescritível, parecia que o sol estava mais perto naquele dia. Pranchú olhou com respeito para toda aquela multidão que movia o império egípcio com suas construções milenares, misteriosas e que o tempo provou serem eternas. O Faraó disse:
- Este é o chão de fábrica do nosso império. Escravos e mais escravos. Trabalham muito, de sol a sol, mas têm sua recompensa no final do dia.
Pranchú estranhou e pensou que recompensa seria aquela mas deixou seu anfitrião prosseguir com a apresentação de sua sociedade. O Faraó bateu palmas e alguns servos apareceram para fechar a janela, ao que aproveitou para apresentá-los:
- Estes são os serviçais que cuidam dos afazeres mais simples do império. Não estão subjugados ao trabalho forçado dos escravos mas contribuem com seus esforços para dar um gostinho a Rá , nossa mais querida divindade !
Pranchú olhou com afeição para os serviçais que andavam estranhamente de perfil e fez um sinal com a cabeça, ao tempo que exclamou:
- Opa !
Quando os serviçais se retiraram e Ramsés bateu palmas novamente um grupo de camponeses entrou na ampla sala piramidal portando frutos e iguarias egípcias. O Faraó lhes apresentou:
- Estes são os camponeses que cultivam as dádivas que a terra nos dá.
Pranchú pegou um cacho de uva e seguiu escutando as explicações do Faraó:
- Como todos os outros do meu reino eles também tem sua recompensa ao final do dia.
Pranchú começou a se interessar pela tal recompensa. O Faraó caminhou para uma outra sala cheia de papiros e lhes apresentou os escribas, todos sentadinhos no chão e enchendo papiros e mais papiros com figuras. Pranchú cumprimentou o pessoal e seguiu o Faraó para uma área reservada porém espaçosa de dentro da pirâmide, de onde vinha um cheiro enebriante.
- Aqui estão os sacerdotes que tanto trabalham na missa das 6 de todos os dias quanto na produção daquela que é a nossa alegria, o prêmio pela labuta diária à qual em meu império todos tem direito de beber: a cerveja !
Pranchú olhou com os olhos arregalados para todos os sacerdotes compenetrados que mexiam caldeirões ferventes, de onde saiam os odores mais encantadores. O Faraó , com um gesto, pediu que uma serviçal trouxesse um copo para que Pranchú, o macho, experimentasse daquela bebida. Pranchú pegou do copo e sorveu o líquido com gosto e vontade.
Então neste ponto do texto Bento XVI se ajeitou na sua cadeira papal para ler com atenção aquela conclusão que faria com que desistisse do seu próprio sacerdócio.
Todos ao redor de Pranchú esticaram um pouco o pescoço para escutar o que aquele homem diria. Foi quando Pranchú arrotou em alto e bom som e disse:
"Melhor do que uma fábrica de cerveja só uma fábrica de buceta !"
Assim falou Pranchú !
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