Há quem diga que sexo e dinheiro são a força motriz da humanidade. A assertiva não surpreende, o que surpreende é que ainda exista quem duvide disto. São muitas as crises, o século passado foi abalado por algumas grandes, notoriamente o Crash de 29. Entretanto do ano 2000 até o momento crises econômicas pipocam como milho no asfalto em Patos. Em 2008 o mundo se viu à beira de um caos financeiro quando certos espertalhões deixaram a perder de vista as prestações de suas casas e os banqueiros fingindo que não era com eles. À reboque a indústria automobilística americana que, se não inventou o carro, foi a força industrial que o fez popular (não no sentido 1.0 da palavra). Em mais um prenúncio de crise eis que surge uma Commodity: o cabaço.
Nada mais precioso que um cabaço. Uma simples junção de carnes há quem diga. Em certas culturas avançadas o cabaço é retirado no momento do parto para que não haja discriminação entre meninos sedentos por sexo e meninas recatadas com medo de que sejam maculadas pela má fama de "trepadeira". Em culturas primitivas o cabaço é retirado com duas pedras para que a futura mulher não sinta prazer. O importante em tudo isto é que existe um valor agregado nesta simples junção de carnes. É a força primordial da economia, é a pedra fundamental: a lei da procura e da demanda, ou seja , quanto mais difícil de se achar um cabaço, mais valioso o é.
Em tempos de dança da garrafa sem devolução de casco e de bailes funk com trenzinho do sexo, um cabaço é algo em torno de 18 quilates. Sendo assim começaram a leiloar cabaços tal como no concurso australiano onde uma brasileira conseguiu se classificar para que seu cabaço fosse disputado mundialmente. Quando era criança e falava coisas de criança ouvi dizer que a informação seria a moeda do futuro e outros diziam que a água seria mais valiosa que o petróleo. Ninguém previu que a putaria vindoura seria tanta, mas tanta , que um cabaço atingiria a marca de 150 mil dólares em um leilão. Pois foi o que aconteceu e como cada ação tem uma reação, ainda mais há por vir no que tange o leilão de cabaços.
A convergência de serviços permeia a tecnologia quando você pode assistir televisão no seu celular e conversar em sua televisão. A convergência também serve para unir a demanda por cabaços e cirurgias plásticas. Geisy Arruda inaugurou a modalidade do cabaço iô-iô, ou seja, em se tratando de uma virgindade há muito perdida, nada como passar o cartão do plano de saúde e fazer uma reposição instantânea. É só unir o que Deus certamente não separou, passar merteolate, soprar um pouco (vale lembrar que o merteolate que antes ardia hoje não arde mais) e pronto ! Dependendo da qualidade do cirurgião, se este trabalha com amor e afinco, o mesmo olha para a vagina recém imaculada e diz: Parla !
Lembremos que existem os casos de cabaços elásticos, mas são tão raros, tão raros que tais mulheres nem precisam de audiência pública para alcançar o topo: provavelmente todas sejam princesas ou duquesas em países da Europa. Mas nem só de cabaço vive o homem e nem todo cabaço que reluz é ouro ! Existe um requisito de beleza primordial, pois tal qual o poeta português Geraldo Carneiro fala em suas epopéias:
"Mulher feia é que nem jumento, só quem procura é o dono"
Não basta ser cabaço, tem que participar e na fila da beleza há de se passar algumas vezes. Se o dom da bela feição não toca a mulher que exibe seu cabaço publicamente, de nada lhe adianta, pois aí entra em vigor a premissa encontrada nas ruínas de Luxor no Egito:
"É melhor comer um filé com os amigos que comer um prato de bosta sozinho"
E assim a humanidade segue a passos de formiga rumo ao desfiladeiro. Entretanto nestes momentos encontramos refúgio nas sábias palavras de Pranchú, oriundo da perdida Pranchúria, que andou pelo mundo desde a Pangeia e deixou rastros em várias culturas. Há um monolito na Ilha de Páscoa atribuído a este filósofo que resume tudo:
"Em terra de arrombada quem tem cabaço reina !"
Assim falou Pranchú !
Em tempos de fim dos tempos, lembro uma lição aderente do matuto que sempre rogava: "Caba não mundão, caba sim [cabacin] qué bão!!!"
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